Capítulo 17 Um hábito social?

Saúde mental e corporal são as principais razões pelas quais devemos querer parar – mas então, elas sempre foram. Nós realmente não precisamos de pesquisas científicas e conhecimento em neurociência para nos dizer que pornô é viciante e que potencialmente pode destruir nossas vidas. Esses nossos corpos são os objetos mais sofisticados do planeta, e qualquer usuário sabe desde a primeira sessão que o estímulo pode ser excessivo e virar veneno.

A única razão pela qual nos envolvemos com a pornografia é a sobreposição do ciclo vicioso com nossa programação evolutiva. A pornografia digital é altamente disponível, livre e com transmissão vinte e quatro horas por dia na Internet. Ela já foi considerada algo inofensivo, mas isso era quando as imagens eram estáticas, e vídeos envolviam uma viagem uma loja local para se arrumar uma fita VHS.

Hoje, é geralmente considerado – até mesmo pelos próprios usuários – que pornografia é um estímulo supranormal e formador de vício. Nos velhos tempos, o homem forte não admitia que se masturbava, com o termo “punheteiro” sendo um termo depreciativo. Em todos os clubes ou bares, a maioria dos homens estaria orgulhosamente querendo levar uma mulher para casa e ter sexo de verdade. Hoje, a posição é completamente invertida para o viciado em pornografia: o homem de hoje percebe que ele está começando a sentir que não precisa de uma mulher. Reunindo-se com outros viciados online, eles discutem experiências, criam estratégias e exploram opções. O homem forte de hoje não quer depender de drogas. Através da revolução social, todos os usuários estão pensando sério sobre parar com a pornografia e com a masturbação. Os usuários de hoje consideram a pornografia uma atividade inútil e prejudicial.

A tendência mais significativa notada nos fóruns é a crescente ênfase nos aspectos antissociais da pornografia. Os dias em que um homem se gabou de fazer sexo e ter orgasmos todos os dias está lentamente sendo substituído por uma compreensão sobre a escravidão ao monstro da pornografia.

A única razão pela qual as pessoas continuam depois de serem ensinadas é que elas não conseguiram parar ou estão com muito medo de tentar. Há um amplo espectro de interesse no assunto, alguns abstendo-se de pornografia, masturbação e orgasmo – com ou sem parceiros. Práticas que separam as partes sensoriais e propagativas de sexo, como retenção de sêmen e Karezza, são discutidas e adotadas em massa. Depois de se adentrar a senda da abstenção da masturbação e da pornografia, você encontrará a prática que melhor se aplica à sua vida. Eu encorajo você a elaborar sua própria concepção sobre orgasmos após compreender e praticar a diferenciação dos componentes sexuais. Seja qual for o seu caminho, você verá valor em limitar o número de vezes que você inunda seu cérebro com substâncias químicas por meio do orgasmo, e você nunca mais verá pornô, sexo e orgasmo como um prazer ou muleta para servir de apoio aos seus estados emocionais.

Várias comunidades on-line populares fundadas por não-usuários são dedicadas a desistir não apenas da pornografia, mas também da masturbação. Esses sites são benéficos para aqueles que escapam do vício, mas a maioria se volta para o uso da força de vontade. A consequência é a obsessão com contagem de dias e outras medidas, resultando em autopiedade e falta de euforia. Com essas práticas, grande parte da lavagem cerebral continua viva. Eventualmente, alguém sucumbe e um efeito dominó acontece: outros usuários descobrem que eles não são os únicos. No entanto, seus esforços não são em vão: eles aprendem com os erros, embora com muitas autotorturas à medida que fecham seus navegadores, mas não o desejo e a necessidade. O Método Fácil trabalha do modo inverso, desligando a necessidade e o desejo de assistir pornografia antes de fechar o navegador. Todos os dias mais e mais usuários abandonam o navio que está afundando, e aqueles que ficam para trás morrem de medo de que eles serão os últimos.

NÃO DEIXE QUE SEJA VOCÊ!